Hoje - talvez embalada pelo sol que finalmente decidiu voltar - acordei com memórias dos inúmeros verões passados naquela quase fronteira entre Alentejo e Algarve. Dos longos dias de praia, das vozes familiares, dos passeios de bicicleta, das idas ao canal no final do dia, dos animais, dos jantares entre família e amigos, do riso das nossas mães na cozinha, de apanhar amoras, dos livros de banda-desenhada, das torradas depois da meia-noite... Mas, hoje, tenho especialmente saudades daquele enorme forno de lenha no quintal onde a «Prima Otília» fazia um enorme pão rústico, num processo ao qual muitas vezes assisti movida pela minha curiosidade de criança. No fim, via-o sair, numa enorme pá de madeira, bem cozido, quentinho, cheiroso, delicioso. E depois vinha o azeite, os alhos, a salsa e o sal. Hoje, o cheiro do pão quente, o gosto do azeite e dos alhos, não me sai da memória.
Ai, o que eu gosto de tibórnia.
5 comentários:
Eheheheheheh!
Grandes férias, essas! E as noitadas na conversa e na má-língua?
O ano passado comi tibórnia duas vezes e deixa sempre saudades, é incrível (mas olha, não leva salsa)! E as espigas de milho cozido? :)
Agora fiquei eu com saudades...
E eu, mal disposta como estou, vou vomitar com essa tua memória. (apesar de achar querido)
Ia jurar que havia salsa pelo meio.
N., gravidez ou ressaca?
É mesmo bom termos raízes menos urbanas. Eu, por exemplo, tenho uma mãe que fez questão em ter um forno a lenha no exterior de casa, para o que desse e viesse. E, neste caso, dá sempre jeito uma avó com "mãos para a massa"!
oh quina! por favor! uma pessoa anda a comer mal ha meses e tu fazes-me estes posts todos de comidinha boa :(
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