terça-feira, 29 de abril de 2008

Ms New returns.

Final da aula de Body Attack. Afogada no meu próprio suor, dirijo-me aos balneários para ir buscar a toalha, champô, e ir tomar banho. Alguém conversa alto e animadamente ao telemóvel ao meu lado, mas nem olho, de tão cansada que estou. Só quero tomar banho e ir para casa. A voz aproxima-se mais do cacifo ao lado do meu. Aproxima-se tanto que choca com a porta do próprio cacifo, empurrando-a violentamente em direcção à minha testa. E pumba, acertou em cheio. Reprimi um "foda-se!", algo pouco usual em mim.
"Ah, desculpa, não sei o que se passa comigo hoje.", diz ela. Agora é que reparo que a voz me é estranhamente familiar. E ponho-me à espreita, tentando ser discreta, tentando vislumbrar algo mais no pescoço meio escondido pelo rabo de cavalo. E lá está ela. Mais uma vez, ela. A tatuagem New. A mesma desastrada de sempre. Por sorte não me roubou toalha com suor nenhuma, até porque acho que essa sorte fica sempre reservada para a J., mas deu-me com a porta do cacifo na testa, o que também foi bastante agradável. Não disse nada e deixei-a lá entretida enrolada na sua toalha de banho rosa-choque. Prémio para a mais distraída? Não, que ideia.

Dito isto, só uma conclusão poderá sair daqui: Manel, encontrámos a mulher perfeita para ti.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Qui

Amigos são os que nos telefonam, os que nos gritam, os que nos apertam a mão, os que riem connosco, os que ficam contentes pelas nossas vitórias. São os que nos fazem cara má, os que nos abraçam, os que sabem reconhecer o nosso silêncio mas que anseiam pelo nosso ruído. Amigos são os que não têm razões para nos relembrar que gostam de nós, são os que não esperam nada e dão tudo.
Amigos são os que não cobram, os que apertam o nosso coração nas mãos quando nos esquecemos de o respeitar. São os que nos guardam dentro da carteira, na parede do quarto, na moldura ao lado da cama. São os que conhecem a nossa família, o nosso cão, a nossa vida; sem perguntar. Que se sentam à nossa mesa e que não são novidade.
Amigos são os que se preocupam tanto que se sentem, também eles, perdidos de frustração por não poder ajudar.
São os que estão sempre por ali naturalmente. Que quando não estão, quando não dizem nada, fazem falta.
Fala comigo, acorda, responde-me.

Tenho saudades tuas.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Reguinho.

Calma aí que eu também tenho a minha própria perseguição de estimação no ginásio! Aqui para os meus lados não há roubos de toalhas, mas sim roubos de concentração. E porquê? Porque há um senhor, muito alto, muito largo, que insiste em ficar à minha frente. E até aí tudo bem, não tenho sede de protagonismo. O problema aqui é que o senhor usa uns calções que aparentemente já fizeram o funeral aos elásticos. E então, no meio de saltinhos e agachamentos, acabam por deslizar alegremente pela sua cintura. E o que é que acontece? Lá está. Tenho que levar com a imagem de um reguinho peludo e escuro durante a aula toda. Quando os exercícios incluem baixar o tronco, é perturbador. E ao tentar desviar os olhos da imagem maldita, acabo por me perder nas coreografias.

Devíamos tentar juntar a senhora New com o senhor Rego num santo matrimónio e mandá-los de lua-de-mel para o Perú.

terça-feira, 22 de abril de 2008

"New"

Aula de Total Condicionamento

Status: com dores inexplicáveis na nádega direita mas convicta de que os 3kg a mais de caneleiras não significavam nada para mim.
Vontade de gritar: 3
Vergonha na cara: 5
Pensamento dormente: "Esta pinga de suor está a entrar-me para o olho"
Pensamento latente: "Deixa-me cá ir buscar a toalha..."
Varrimento visual do "espaço de trabalho": pesos amarelos, alteres laranja... ONDÉ QUE ESTÁ A TOALHA?!

Algo que me chama a atenção... Uma tatuagem na nuca da minha colega do lado que diz New. E, mais abaixo, atirada por debaixo de um cotovelo mal cheiroso, A MINHA TOALHA. Sei que é a minha porque tive o bom gosto de a encher de base.
Mas quem é esta personagem que se alambuza com a minha toalha cheia de maquilhagem e suor do MEU corpo?... Ora pois...é mesma personagem idiota que deu início a este blog quando me enfureceu por ter feito exactamente a mesma brincadeira.

A sério. É que eu sei que cheiro bem e sou incrivelmente elegante e inteligente e que toda a gente quer ser como eu. Mas, neste caso, questiono-me: será que o meu suor é assim tão saboroso?

domingo, 20 de abril de 2008

s-c-a-r-y-!

Acho que gostava mais dele quando andava por aí a dizer que via pessoas mortas..

numa roda viva.

Este fim de semana experimentei a alegria vinte e quatro sobre vinte e quatro horas do que é ser monitor de colónias. Aprendi cançõezinhas, bati palmas, gritei em coro, aprendi a fazer joguinhos, joguei joguinhos, falei, andei, falei, andei, falei. Como tal, estou profundamente cansada e preciso repôr o meu nível de alegria (ou "xitéx") novamente no estado normal.
Preciso dormir.
(Mas foi giro!)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Indo contra a afirmação do rapaz-cujo-nome-não-vamos-pronunciar, os namoros não são "cenas maradas", são "cenas" que precisam de cuidado e, sobretudo, de uma boa dose de comunicação e disponibilidade. Quando não se comunica e a disponibilidade acaba, acaba o namoro com elas. Não há nada de marado em termos sido descuidados, despreocupados, distraídos, e perdermos algo. Eu às vezes também me penteio e deito a escova do cabelo para a sanita, quando ando distraída e com a cabeça noutro lugar. Mas não é marado, não há nada de sobrenatural nem estava escrito nas estrelas que a escova tinha que cair na sanita, eu é que fui estúpida em não estar concentrada naquilo que a escova esperaria de mim, que era voltar para a gaveta.
Cena marada, essa sim, foi o jogo Sporting - Benfica de ontem à noite. Bem, bem, bem marada. E eu gostei. Muito.
"Sabes, Charlotte, eu bem te disse que esta coisa dos namoros são cenas maradas."

Eu não tenho comentários a fazer.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Homens.

Acho que este blog devia ser interdito aos homens. Porque tenho muitas alarvidades para dizer e os meus amigos continuam a achar que sou a Joana Mãe e que não posso (ou que não sou capaz de) dizer alarvidades maiores ainda do que as que nós - as miúdas - temos vindo a ouvir sair da boca deles nos últimos anos.
Por isso, aproveito para frisar: eu gosto de homens. Daqueles homens agradáveis à vista que não me chateiam. Sou profundamente fútil; e gosto.

Obrigada.

Amarelo?

Entra uma senhora no autocarro 21 que segue em direcção a Alvalade. Uma senhora que não sabe para que serve nem como se utiliza o bilhete novo. O motorista do autocarro que, tal como todos, se demonstra pouco dotado de simpatia (e me faz lembrar que em Barcelona eles dizem bom dia a todas as pessoas que entram), consegue dar uma explicação rápida e forçada de como passar o cartão. E diz-lhe: "Agora veja se fica verde." A senhora passa o cartão, a máquinazinha apita e eu, sem ver a cor, reconheço pelo som que deu luz verde. Mas a senhora continua a passar mais vezes, e aquilo continua a apitar afirmativamente. O já muito mal-humorado motorista da Carris pergunta-lhe: "Então mas isso não ficou já verde, minha senhora?" Ao que ela responde "não, está a dar amarelo." O motorista nem respondeu perante esta afirmação.
Ora, portanto, pensando na lógica do semáforo, o que significaria uma luz amarela numa máquina de bilhetes de um autocarro? Só metade do corpo pode viajar dentro do autocarro? Podemos entrar mas não nos podemos sentar? Podemos entrar mas não podemos interagir com os outros passageiros? E foi assim que a minha mente pouco ocupada se entreteve durante o resto da viagem.

Horas mortas.

São 9h50. Estou de olhos meio abertos. Desconfio que vou ficar com eles assim durante uma boa parte do dia (excepto na altura do Sporting - Benfica). Pior ainda, a juntar ao meu estado de dormência, descubro que os meus habituais colegas da aula de Atelier de Jornalismo Radiofónico (a J. e o M.) decidiram baldar-se. E eu que tinha pensado fazer o mesmo quando o despertador tocou hoje de manhã! Devia ter respeitado o feeling matinal.

E, dadas as mensagens histéricas que tenho recebido, devo esclarecer que, apesar de ter surgido no ginásio, não é um blog dedicado ao ginásio. Tenham santa paciência que ainda não cheguei a esse ponto! E a J. Miss-Eu-Não-Perco-A-Calma também não, claro. Ok? Ok.
Beijinho.

terça-feira, 15 de abril de 2008

cucu


Ond'é que estás?

ESTOU AQUI!

Era uma vez no ginásio

E tudo começou no ginásio (claro, dizem vocês, onde mais poderia ser?). De uma agressiva aula de grupo onde se "roubam" toalhas cheias de suor alheio, surge uma conversa banal com a "inimiga distraída". Fala-se então do tempo de frequência naquele estabelecimento, da aula, do quão puxada foi, que deve ser culpa do professor e, inevitavelmente, surge a coca no batido (palmas palmas para a J.). O ginásio é de facto o meu espaço da futilidade, da banalidade, da conversa idiota e do comportamento destravado. É também o espaço onde há muita coisa que valia a pena ser filmada/gravada, especialmente os diálogos nos duches. Priceless!
E um avé ao mestre W, porque sem ele nada seria possível, inclusive uns bons glúteos.