
Depois de demorar algum tempo (45 minutos!) a aparecer em palco, a Amy surge de olhos vidrados, a beber qualquer coisa de uma garrafa, cheia de tiques (pára de puxar a porcaria da saia para cima!), com um pulso em mau estado que a impedia de tocar guitarra, um chupão gigante no pescoço e uma voz sem qualquer tipo de condição para um espectáculo como o Rock In Rio. Fiquei triste do princípio ao fim. A rapariga não se lembrava das letras, muito menos o seguimento das canções, tendo que contar com a ajuda de membros da banda. Coisas estranhas aconteceram. Pareceu-me vê-la cuspir qualquer coisa. Depois começou a chorar, o que me deu vontade de mudar de canal imediatamente, tal foi a pena que inundou o meu espírito. Falou do marido, para não variar (é um drogadão, who cares?). Depois caiu, perdeu um sapato e saiu-se com qualquer coisa do género: Aposto que quando o Lenny Kravitz vier ao palco também vai cair e, ao contrário de mim, vai ficar envergonhado. Não estou envergonhada por ter caído. Também não seria por isso que ficaria envergonhada, depois deste espectáculo em que nada parece ter sido preparado (parece não, não foi mesmo).
Seria pior se tivesse feito playback ao estilo Britney Spears? Seria, claro. Mas mesmo assim, apesar de ter estado presente, seria melhor poupar-nos a este concerto em forma de caos e regressar em melhores dias. Porque no fundo, ela ganha o dinheiro na mesma, quer cante bem ou não.
I told ya I was trouble, you know that I'm no good, diz ela. Pois não, Amy, não tás mesmo nada good e ainda bem que não paguei 53 euros para ir ao Rock In Rio só para te ver. I should've canceled, acrescentou. Sim, era um favor que nos fazias a todos. Por favor go go go to rehab e volta curadinha para eu te poder ver actuar como deve ser um dia destes!
E que o Lenny Kravitz consiga salvar a noite!